Slayer - Reing in blood - 1986.
Ao lado do Metallica, Anthrax e Megadeth, o Slayer é a maior banda thrash do planeta. A influência do grupo é enorme, passando pelo Sepultura, entre outras centenas de banda. Reign In Blood é sua grande obra-prima e foi eleito pela revista Kerrang! como o disco mais pesado de todos os tempos. A históra começou em 1981, em Los Angeles, quando os guitarristas Kerry King e Jeff Hanneman se encontraram em um teste para entrarem em um grupo e resolveram montar uma banda. Acabam convidando o baixista e vocalista Tom Araya, que conhecia King, desde os tempos em que tocavam no Quits. O baterista Dave Lombardo acabou sendo chamado por King, quando o guitarrista o encontrou entregando uma pizza. O começo do Slayer foi o mesmo de todas as bandas, executando covers de Iron Maiden e Judas Priest em pequenos clubes da cidade. Desde o início o Slayer usava imagens satânicas, pentagramas, cruzes invertidas. O nome teria surgido, talvez, do filme Dragonslayer, fato desmentido por Kerry King, que alega ter sido um mito criado sobre o grupo. Durante um show, no Woodstock Club, foram convidados pelo jornalista Brian Slagel, dono do selo Metal Blade Records. Slagel tinha gostado de "Aggressive Perfector" e os convidou para participarem da coletânea Metal Massacre III. Slagel ficou impressionado e os convidou para continuar no selo, apesar de não ter um orçamento para bancar o primeiro LP da banda. Assim, Araya pegou todas suas economias e junto com o empréstimo que King havia conseguido com o pai, financiaram Show No Mercy, lançado em dezembro de 1983. Junto a Kill'em All, do Metallica, lançado no mesmo período, batizam o estilo thrash metal, com guitarras solando furiosamente, vocais gritados e muito volume. Mas, ao contrário do grupo de James Hatfield, o Slayer abordava temas satânicos tanto nas letras como nas artes das capas dos discos. Ao ser lançado, em 7 de outubro de 1986, Reign In Blood, causou polêmica e furor. A Columbia, se recusava a distribuir o disco por causa da capa e dos temas abordados. Rubin deixou o som da banda limpo, cristalino, bem diferente do que os demais grupos thrash faziam na época. Rubin convenceu o grupo a tocar solos mais simplificados e meno entendiantes. O disco abre com "Angel of Death", relatando as experiências que Josef Mengele realizava nos campos de concentrações nazistas. Resultado: a banda foi acusada de nazismo, o que renegaram. "Apenas nos interessamos pelo tema, nada mais", defendeu-se Kerry King. O Slayer, aliás, abandonaria o tema satanismo, falando de assuntos mais próximos dos jovens, aumentando a polêmica. A capa desenhada por Larry Carroll, desagradou o grupo, mas foi aceita, após a mãe de um dos músicos considerá-la nojenta. O disco entrou no Top 200 da Billboard, ficando em 94º lugar, vendendo 500 mil cópias até 1992. O disco tornou-se um marco do estilo e foi considerado um dos maiores da década de 80. "Após ouvir Reign In Blood, eu ficava dizendo que queria um som igual nos nossos discos. Nunca tinha ouvido um disco tão cristalino", conta o baterista do Metallica, Lars Ulrich. A banda parte para a turnê promocional ao lado do Overkill e também abriu alguns shows do W.A.S.P. O grupo sofre um basque inesperado com a saída de Dave Lombardo. Anos depois, King diria que após a saída definitiva do baterista, as brigas internas deixaram de acontecer. "Todas as brigas tinham Dave como o protagonista. Ele era um bom amigo, ótimo baterista, mas sem ele nossa vida ficou bem mais fácil." Lombardo havia deixado o grupo por questões financeiras, alegando que não conseguia pagar nem seu aluguel. Rubin pediu que ele reconsiderasse e ofereceu um salário fixo ao baterista. Ele hesitou e seu lugar foi preenchido por Tony Scaglione, do Whiplash. Mas Lombardo voltaria, em 1987, convencido por sua esposa, até sua saída definitiva, em 1992.
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